Painel Políticas minerais dos estados

Painel discute políticas minerais dos estados

Representantes de seis estados participaram do debate

Kharen Stecca

O processo de construção do Plano Estadual de Recursos Minerais do Estado de Goiás foi apresentado durante a 2ª Feira da Indústria da Mineração (Brasmin) e do 8º Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração, em Goiânia.O projeto coordenado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) fez parte do Painel intitulado “Os planos estaduais de mineração”. O debate foi mediado pela conselheira da Revista Brasil Mineral, professora da UFPA e pesquisadora do PERM, Maria Amélia Enriquez. Participaram do debate a Coordenadora do PERM, representando Goiás, Lívia Parreira, Antônio João (Mato Grosso), Pedro Sena Batista (Minas Gerais), Paulo Henrique Almeida (Bahia), Poliana Gualberto (Pará).

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Lívia Parreira, Coordenadora do PERM Goiás (Fotos: Luna Apóstolo)


A Coordenadora do PERM-GO, Lívia Parreira destacou que o último diagnóstico de Goiás é de 2002. Ela contou um pouco da trajetória de construção da política goiana. Primeiro com o estabelecimento de parcerias, depois com a construção da mobilização social. “Até o momento já estivemos em seis cidades, com mais de 600 participantes e já recebemos diversas demandas a partir das oficinas”, ressaltou. Ela destacou o papel das universidades na construção da política e a importância de se pensar nesses planos e, mais do que isso, criar indicadores para monitoramento: “Planos sem implementação são letra morta e não precisamos disso mais”.

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Pedro Sena, Superintendente de Política Minerária de Minas Gerais


Em seguida, Pedro Sena, Superintendente de Política Minerária de Minas Gerais apresentou a política de mineração do estado que deve ser entregue, segundo ele, em fevereiro de 2024. Ele lembrou dos problemas que Minas Gerais sofreu anos atrás com os acidentes de Mariana e Brumadinho.. O plano, segundo ele, visa melhorar o planejamento do estado, evitando problemas como os ocorridos, mas, por outro lado, evitando demonizar a atividade mineral, mas sim, incentivar o agir com responsabilidade.

Bahia
Paulo Henrique Almeida, da Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia


Paulo Henrique Almeida, da Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia, apresentou a situação do estado da Bahia que também deu início ao trabalho de construção do plano em 2023. Ele ressaltou que a Bahia está entre os estados que mais atrai investimentos em pesquisa mineral e como é importante organizar essas atividades do setor.

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Antônio João da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat)


Antônio João da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat),apresentou algumas das regulamentações da mineração no Mato Grosso e ressaltou a importância de ouvir opiniões do povo, em especial pessoas do interior do estado, para então pensar nessas políticas de mineração. Entre as ações destacadas na área de mineração, ele ressaltou a regularização do trabalho de garimpeiros no Estado.

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Otávio Pereira, Diretor do Departamento de Mineração do Rio Grande do Sul


Otávio Pereira, Diretor do Departamento de Mineração do Rio Grande do Sul, explicou que o estado ainda não começou a pensar em um plano de mineração, mas que a atividade mineral é importante no estado. Segundo dados apresentados por ele, 45% dos municípios do Rio Grande do Sul têm atividade mineral, sendo os agregados de construção civil a maior parte dos minerais explorados.

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Poliana Gualberto, Diretora de Geologia, Mineração e Transformação Mineral apresentou o Plano Estadual de Recursos Minerais do Pará, que já existe desde 2014. Ela explicou que o trabalho foi feito com recursos do Ministério de Minas e Energia e deu alguns detalhes sobre como foi construído a partir de 13 oficinas em todo o território do Pará. Ela também apresentou diversas ações realizadas no estado como o fomento do setor de gemas e pedras preciosas, as políticas de incentivos fiscais para verticalização mineral, a instalação de uma refinaria de ouro, fábrica de cimento e de aço com uso de recursos reciclados e os projetos das Usinas da Paz, que são locais de atividades sociais construídos com recursos da CFEM, em locais que não tem atividade mineradora, mas que também são beneficiados por ela.

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Confira a transmissão do debate no Youtube da Brasil Mineral

Confira fotos do evento

Confira a apresentação do Plano de mineração goiano

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